domingo, 28 de novembro de 2010
Número de casos de AIDS aumenta em Teresina e chega a 1.561
De acordo com relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, as novas infecções em todo o mundo caíram 20% nos últimos dez anos. Em 2009, foram registrados 2,6 milhões de novos casos, contra 3,1 milhões em 1999.
Apesar de o registro de novos casos ter diminuído em todo o mundo, Teresina é o município do Piauí onde há o maior número de casos de AIDS. De 1986 a 2009, foram registrados 1.561 casos. Em seguida vêm Parnaíba (122 casos), Campo Maior (62), Oeiras (56), Altos (52), Floriano e Piripiri (43, cada uma), São Raimundo Nonato (29), Picos (28), Pedro II e Esperantina (25 casos, cada uma).
“A situação da AIDS em Teresina é de um leve crescimento constante, levando em consideração os últimos anos. Essa realidade não é só de Teresina, mas sim, de todo o Norte e Nordeste. No Brasil, a AIDS vem diminuindo, basicamente, por causa da região Sudeste, que diminuiu muito a incidência nos últimos anos”, comenta o enfermeiro Kledson Augusto Batista, coordenador do programa DST-AIDS da Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS).
Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SESAPI) revelam que o Piauí tem 3.486 casos de AIDS registrados de 1986 a 2009. Destes, 2.534 (72,6%) são de pessoas residentes no Estado. O restante, 952 pessoas (27,3%) são pacientes vindos do Maranhão, Pará, Tocantins, Roraima, São Paulo e outros estados.
Ainda sobre o perfil epidemiológico do Piauí, há 1.811 homens infectados (71,4%) contra 723 (28,5%) mulheres. A principal via de transmissão é a sexual, com 80,2% dos casos. Os heterossexuais correspondem a 59,1%, os bissexuais a 22,6%, os gays a 18,3%, os usuários de drogas injetáveis a 3,4% e a exposição ignorada a 14,3%.
Além disso, existem outras formas de transmissão, como a vertical (de mãe para filho durante a gestação, parto e amamentação), acidentes de trabalho e compartilhamento de material perfurocortante, transfusões.
“É preciso entender que pessoa com HIV é diferente de pessoa com AIDS. Quem tem HIV, somente HIV, não tem sintomas e não é necessário notificar. Quem tem AIDS, tem sintomas e é necessário notificar. Portanto, quem tem sintoma procura o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP, antigo HDIC), onde são feitos o exame e a notificação, ou seja, a subnotificação é baixa. A prevalência dos casos de AIDS se dá em homens, jovens, com transmissão heterossexual; no entanto, existe uma epidemia concentrada na população de gays, pois a concentração da doença na população de gays é maior que na população geral”, considera Kledson Augusto Batista.
fonte:sistemaodia.com
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Prezado leitor ao deixar seu comentario favor identificar-se.
Sr. Nerys