quarta-feira, 23 de junho de 2010

Wilsão viu protesto e chegou a se revoltar com os professores


Professores do município de Cristino Castro, região Sul do Estado, realizaram uma manifestação durante a visita do governador Wilson Martins à Unidade Escolar Joaquim Parente, na tarde desta quarta-feira (23/06), quando cumpria sua agenda de viagens pelo interior do Piauí. Na ocasião, membros da categoria reclamaram do atraso de salários, que se arrasta há três meses.

Na presença de Wilsão, professores seletistas e recém contratados do último concurso exibiam faixas e cartazes com frases de protesto. De acordo com a categoria, os seletistas, que ficam apenas pelo período de um ano no quadro de profissionais, trabalhavam desde março sem receber dinheiro. Porém, na primeira semana deste mês houve o pagamento referente a maio, enquanto que os outros dois seriam pagos em cinco prestações.

Mesmo ao efetuar o pagamento referente ao mês anterior, os professores apontaram outro problema: Aqueles que trabalharam 40 horas, receberam apenas o equivalente à metade. Nesta mesma situação estariam os professores contratados. Cada um recebe pouco mais de R$ 600 por 20 horas. A situação tem prejudicado os alunos em várias escolas. Em algumas delas, os mestres desistiram de ministrar aulas no segundo turno. Em solidariedade aos cerca de trinta manifestantes, diversos discentes participaram do protesto na Unidade Escolar Joaquim Parente.

WILSÃO NEGOU ATRASO
O governador Wilson Martins conversou com alguns professores. Negou a existência de atraso nos salários e reafirmou que a folha de pagamento estava em dia. Informações dão conta que Wilsão afirmou ter dinheiro nos cofres estaduais suficiente para pagar a todos e investir também obras no setor de Educação. Na oportunidade, o governador pediu que os professores seletistas apresentassem os contratos. No entanto, estes alegaram que desde a gestão de Wellington Dias os contratos recolhidos nunca eram devolvidos. “A única prova que tínhamos seria o contra-cheque, extrato bancário e caderneta escolar”, explicou uma professora que não quis se identificar. Ainda de acordo com os professores, como o documento exigido por Wilsão não fora apresentado, o mesmo explicou que não poderia constatar nenhuma falta de pagamento sem a apresentação dos contratos. “Queremos salários em dia, dignidade e que este valor pago corresponda às horas trabalhadas”, exigiu a educadora.

fonte:180graus.com

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Sr. Nerys