segunda-feira, 12 de abril de 2010

Advogado e promotor do caso Isabella ficam cara a cara


Depois do julgamento histórico que condenou Alexandre Nardoni e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, pela morte de menina Isabella Nardoni, outros dois protagonistas do caso voltaram a ficar frente a frente: o promotor Francisco Cembranelli e o advogado de defesa do casal, Roberto Podval.

Eles trocaram farpas e afagos em uma homenagem que os dois receberam na manhã desta segunda-feira (12) no complexo educacional FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), de São Paulo.

Os profissionais receberam os títulos de advogado e promotor do ano. Cada um tomou o microfone para falar um pouco sobre a homenagem. Podval, que se formou em 1988, foi o primeiro a falar. Ele preferiu não comentar o caso e se limitar a agradecer a homenagem.

- Eu me sinto absolutamente em casa [...] É uma honra para mim estar aqui.

Cembranelli falou em seguida. Ele, que levou seu diploma em 1984, agradeceu os aplausos antes de elogiar o rival. Disse que, ao contrário do que se especulava, ele e Podval não eram inimigos.

- Não vivemos naquele plenário às turras. Tenho o Podval como um grande amigo [...] Não travamos um duelo, [...] apenas estávamos em lados opostos.

Após os discursos, eles tiraram fotos, apertaram as mãos e se abraçaram. O tom amigável, no entanto, mudou depois que Podval afirmou durante a entrevista coletiva que o trabalho da acusação foi mais fácil.

- Não tenho dúvida de colocar que fomos ao um júri em que os suspeitos já estavam condenados pela sociedade. Isso não desmerece o trabalho da promotoria.

Visivelmente desconfortável, Cembranelli se levantou. À imprensa, ele não poupou alfinetadas ao colega de profissão.

- O trabalho não começou – ao contrário do que muitos acham - no dia do julgamento, mas, sim, quando o crime foi praticado. Um trabalho construído passo a passo. O resultado demonstrado mostra claramente quem tinha razão. Então, fica muito fácil agora dizer que o júri foi fácil para a acusação.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram condenados a 31 anos e 26 anos de prisão, respectivamente, no dia 27 de março pela morte da menina Isabella Nardoni, que caiu do sexto andar de um prédio em março de 2008. O casal nega a autoria do crime.

fonte: R7.com

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Sr. Nerys